segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Professores da rede estadual do Rio voltam ao trabalho nesta segunda

Depois de 65 dias de greve, alunos terão aulas extras aos sábados.
Segundo secretário, não será necessario reposição de aulas em janeiro.


Depois de 65 dias de greve, professores da rede estadual do Rio de Janeiro voltam ao trabalho nesta segunda-feira (15). De acordo com Luís Carlos Becker, subsecretário de Gestão de Pessoas do Rio, as escolas terão que se adequar para repor as aulas perdidas durante a paralisação.

“A escola, junto com o diretor regional e professores, precisa fazer as adequações necessárias, até porque não foi uma paralisação linear. Nesse primeiro momento não será necessário entrar janeiro adentro, porque dentro do calendário que nós construímos e já divulgamos temos uma programação intensa para os meses de agosto e setembro. Tendo necessidade ou não, a gente usaria o mês de outubro também", disse.

Segundo Becker, os alunos poderão ter reforço à tarde, mas as aulas serão repostas principalmente aos sábados. "O aluno que estuda de manhã poderá ter aula de reforço à tarde, mas principalmente aos sábados”, informou.

Decreto
De acordo com o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro(Sepe) os professores vão se manter em estado de mobilização para acompanhar o cumprimento do decreto que concedeu reajuste de 5% para a categoria, descongelou o plano de carreira dos funcionários administrativos e incorporou a parcela de 2012 do programa Nova Escola em julho deste ano. O decreto foi aprovado na quinta-feira (11) na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). O governador terá 15 dias úteis para sancionar o projeto.

A proposta inicial apresentada pelo secretário estadual de Educaçao, Wilson Risolia, era de reajuste de 3,5%. A categoria reivindicava aumento de 26%. O Sepe afirmou, na quinta-feira, que o reajuste não cobre nem as perdas com a inflação.

O projeto da criação da carga de 30 horas, votado também na quinta-feira em sessão ordinária, foi aprovado, mas sua tramitação está paralisada. Segundo a assessoria da Alerj, foi apresentado um destaque da Comissão de Educação da casa contra a extinção dos cargos de supervisor e orientador educacional que ainda será debatido.

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